Célula
As unidades de Informação (frames e packets) que circulam pelas redes possuem duas características básicas:
– Tamanho variável para adaptar eficientemente a quantidade de dados a ser transmitida;
– Tamanho máximo muito grande, tipicamente maior que 1 k.
A principal dificuldade em tratar packets e frames está no facto do tamanho ser variável.
A ideia de trabalhar com UI de tamanhos fixos, chamadas de "células" é atraente pois os equipamentos usados para juntar ou partilhar fluxos de informação, chamados multiplexadores, possuem uma eletrónica capaz de manipular células com facilidade e rapidez.
Qual o tamanho da célula?
Este foi um dos principais temas de discussão em meados dos anos 80, particularmente pela International Telegraph and
Telephone Consultative Committee — CCITT.
Cada célula deve conter duas partes:
– Um cabeçalho (cell header) que caracterize a origem, o destino e demais parâmetros relevantes
– Uma segunda parte contendo os dados propriamente dito (payload).
Foram sugeridos dois tamanhos:
– Os europeus propuseram 4+32 bytes;
– Os americanos 5+64 bytes de header e payload respetivamente.
Sem uma explicação tecnicamente razoável, foi escolhido um tamanho intermédio: 5+48 bytes, o que nos leva a famosa célula de 53 bytes, número primo e sem nenhuma relação com a estrutura de registos das CPUs, que foi definida em 1988.
Uma característica do ATM é o uso de células de comprimento fixo ao invés de pacotes de tamanho variável utilizado pela tecnologia Ethernet.
A célula ATM é composta de 53 bytes, sendo 5 destinados ao cabeçalho (header) e 48 aos dados (payload).
